A história do livro O Sertanejo se passa na Região do Nordeste, seu personagem-narrador é o Severino que se generaliza ao longo da obra se passando pelo povo da época que era sofrida, que luta contra a miséria.
O personagem principal é o Arnaldo Loureiro, um vaqueiro cearense que trabalha para o capitão-mor conhecido como Arnaldo Campelo, Arnaldo Loureiro enfrenta vários riscos quase necessários tendo esperança de um dia conquistar a meia irmã do capitão-mor, que é a Dona Flor. Arnaldo chega a atentar todos a pedido de seu Patrão e tentando se mostrar um funcionário exemplar, sua dignidade é reconhecida por ele dormir no alto das árvores na mata.
Dona Flor já estava noiva de Leandro Barbilho, no dia do casamento da Dona Flor e Leandro Barbilho, surgem inimigos do capitão-mor e acontece um tiroteio onde o noivo da Dona Flor, Leandro Barbilho morre, Dona Flor triste, Arnaldo aproveita a oportunidade e vai consolar Flor enquanto ela está se lamentando pela morte de Leandro e a pede em casamento. Capitão-mor reconhece a bravura e a dignidade de Arnaldo e então deixa que se casem, permitindo que Arnaldo use o sobrenome do capitão-mor, Campelo,
Biografia de José de Alencar
José Martiniano de Alencar nasceu em Messejana, Ceará no dia 1 de maio de 1829 e morreu no Rio de Janeiro no dia 12 de dezembro de 1877, foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista, romancista e dramaturgo brasileiro.
Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro. Foi casado com Ana Cochrane. Era filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.
Em 1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador (Brasil Império). Em 1868, tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869, candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido por ser muito jovem ainda.
Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca totalmente confirmada, seria na verdade filho de Machado de Assis, dando respaldo para o romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza em que a família Alencar vivia. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Produziu também romances urbanos (Senhora, 1875; Encarnação, escrito em 1877, ano de sua morte e divulgado em 1893), regionalistas (O Gaúcho, 1870; O Sertanejo, 1875) e históricos (Guerra dos Mascates, 1873), além de peças para o teatro. Uma característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".
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