A Carne
A obra A Carne de Júlio Ribeiro é um romance
naturalista publicado em 1888 que aborda temas até então ignorados pela
literatura da época, como divórcio, amor livre e um novo papel para a mulher na
sociedade.
Lenita é uma garota de
22 anos, cuja mãe morrera no seu nascimento, ficando com o pai que lhe deu uma
educação acima do comum tornando-a intelectual, especial e cheia de vida.
Depois que seu pai faleceu,
sem outros parentescos, fica sensível e com a saúde abalada tentando melhorar
vai para o interior de são Paulo para a fazenda do coronel Barbosa, homem que Criou
seu pai, lá conhece Manuel Barbosa filho do coronel, um homem maduro, e assim
como Lenita, muito instruído que vivia trancado no quarto com seus livros e que
periodicamente saía para caçadas, morou dez anos na Europa onde se casou com
uma francesa de quem se separou há um tempo.
Começando uma amizade
baseada em seus conhecimentos, Lenita e Manuel Barbosa se apaixonam torridamente,
ambos não cedem, mas não conseguem resistir aos desejos da carne.
Lenita é uma moça que
nunca se despertou uma paixão a se ver dominada pelos desejos da carne busca
não propriamente o amor, mas a satisfação de seus desejos sexuais, a pura carne,
sentiu prazer ao ver o açoite violento de um escravo, mas para Lenita se
entregar ao cio como um animal qualquer era a suprema humilhação.
Lenita e Manuel se
remoem diante do pensamento de serem amantes, por seus princípios. Para Lenita
Manuel Barbosa não correspondia ao ideal do homem que ela pensou que pudesse
satisfazê-la, o fato dele já ter contraído matrimonio não a incomodava visando
apenas a satisfação dos impulsos carnais descartando a simples amizade.
Um romance marcado por
encontros e desencontros, prazer e violência até que Lenita encontra cartas de
outras mulheres guardadas por Manuel de casos antigos que ele teve o sentimento
de traição a faz partir de volta pra são Paulo para tomar os negócios do pai, grávida
de Manuel ela casa com outro homem.
Manuel que não suporta
a partida de Lenita suicida-se, tal atitude é dramática injetando curare,que o
paralisa,vendo o desespero dos pais lhe vem à mente o pensamento que o levara
até esses confins, querendo reverter o quadro avisando do antídoto aos pais,
mas não tem como avisá-los, triunfando a ‘’carne’’, desenganado pela mente.
‘’A palavra amor é um
eufemismo para abrandar um pouco a verdade ferina da palavra cio’’ - trecho do
livro-.
Biografia
do Autor
Julio César ribeiro
vaughan Sabará, 16 de abril de 1845-Santos 1 de novembro de 1890 foi um
escritor e gramático brasileiro, foi criador da bandeira do estado de são Paulo,
concebida em 1888 para ser bandeira de republica. Foi escolhido para o
patronato da cadeira 24 da academia brasileira de letras por seus membros
fundadores.
Polêmico,
abolicionista, anticlerical e representante do naturalismo, movimento fundado
pelo Francês Émile Zola.
A carne publicada em
1888 é seu romance mais conhecido, sua obra-prima, definitivamente é um livro
sobre a sexualidade humana.
Julio ribeiro de inicio
a uma dinastia de escritores. É avô da escritora e cronista Elsie Lessa, bisavô
dos escritores e cronistas Ivan Lessa e Sergio pinheiro Lopes, trisavô da
escritora Juliana Foster.
Nenhum comentário:
Postar um comentário