No futebol, uns
dançam ao fazer gols, outros abraçam os companheiros. O título sempre vem
acompanhado de discursos recheados de Deus e rodas de oração, mesmo daqueles
não religiosos. Quando derrotados, pode haver um choro que as vezes nem parece ser
sincero, isso quando simplesmente não tiram as camisas e saem de campo apenas
como se tivessem cumprido seu trabalho. Ver Cristiano Ronaldo ganhar o prêmio de melhor
do mundo é ver uma máquina de futebol ser premiada. Talvez nenhum outro jogador
busque tanto pela perfeição física e técnica quanto o português. Mas, ao mesmo
tempo, é ver também um ser humano, repleto de emoções, é ver aquele cara que
não tem os discurso pronto igual a maioria dos outros jogadores, não é aquele
jogador de frases feitas e de gestos
comuns
Messi é o mocinho. Fala, mesmo que quase nada,
o que todos querem ouvir, foge de polêmicas, não provoca ninguém. Ri pouco. É o
perfeito robô. Messi, sem contar a genialidade em campo, não demonstra reações
que choquem seu publico. Cristiano, não. Ou você gosta, ou você odeia. Não é
propriamente um vilão, mas se aproxima muito mais deste cara mal do que do
herói, talvez um anti-herói, igual esses das series de TV. Ele olha para a
câmera, ajeita o cabelo, faz pose para bater faltas, sabe que é o centro das
atenções e gosta de mexer com isso. Tem a marra dos grandes craques, a postura
superior de quem realmente é um dos melhores naquilo que faz. Comemora gols
pedindo “calma” ou “eu estou aqui, eu mando aqui”, situações que agradam quem o
ama, e que aumentam ainda mais o ódio de seus opositores. Daí se tira o seu
lema “Hate me or Love me”
Cristiano é o jogador humano dentro e fora de
campo. É quem chora por ganhar o prêmio, que tanto trabalhou para conseguir,
quem se emociona por causa da mãe. É o cara que nunca está tranquilo, mesmo
sendo o melhor jogador do mundo. É o individualista que rouba a cena, é o
famoso “Rouba cena”. Precisamos de mais jogadores como Cristiano Ronaldo,
Romário, Ibrahimovic. Bons dentro de campo, e cheios de personalidade fora
dele. E menos Messi, Kaká, Pato, e seus discursos ensaiados,
frases feitas e declarações previsíveis.
Que Cristiano Ronaldo ainda perdure por muitos
anos no topo, pois não aguento mais esses robôs
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