O crime do padre Amaro

                                              

O livro não só relata um romance proibido como também a corrupção dos padres, que manipulavam os moradores a favor da elite. Este livro foi a primeira obra de Eça de Queiroz que relata na prosa o realismo e o naturalismo em Portugal. O livro baseia-se ao combate do idealismo romântico que existia até então, a favor de uma visão mais critica da sociedade.

Amaro se torna padre por vontade da Marquesa por quem sua mãe foi criada. Mas a idéia de ser padre o atraia. Ele achava interessante o serviço ao clero e tudo isso lhe espirava muito. Quando Amaro entra no seminário, amaldiçoa a marquesa pela promessa que o prendia aquela obrigação de ser padre. Daí então ele passa um bom tempo sendo pároco de uma cidade carente e solitária, ocupando assim o lugar do falecido padre de Leiria. Então ele é ordenado padre, e conhece a formosa Amélia. 

Ele era um jovem devoto a Deus, e o comportamento dos outros padres lhe era estranho, mas não demorou muito para Amaro fazer as mesmas coisas que eles faziam. Tudo isso porque ele flagra Dias tendo um caso com Joaneira. Isso faz com que ele var perdendo os escrúpulos e se leva pelos impulsos sexuais seguindo o exemplo do seu mestre.

Amaro aluga um quarto na casa de Amélia, e começou a participar das reuniões de fim de tarde da casa, tornando-se assim mais perto de Amélia e se sentido atraído pela beleza da jovem.  Essa atração não passou por despercebida por João Eduardo, o namorado de Amélia que também freqüentava a casa, e que até Amaro chegar eles eram noivos.

Amélia correspondia a atração do padre. E depois de alguns acontecimentos colocando assim João Eduardo no meio, todos os padres de Leiria e o suposto caso entre a menina e novo padre da cidade, Amaro arruma um jeito dos dois se encontrarem todas as semanas sem que suspeitassem ou houvesse desconfiança.

Logo depois desses encontros, e cada vez  mais apaixonados Amélia engravida e Amaro se desespera,  não havendo outra solução decidem casá-la com João Eduardo mais ele não é encontrado, e fica mais difícil de esconder a gravidez. 

Com a histeria da moça optam de manda - lá para o subúrbio para cuidar de dona Josefa irmã enferma de dias. Triste por ter que ir embora e ficar longe da mãe e de Amaro, Amélia entra numa profunda depressão. Então Amélia tem o bebe, e Amaro leva para uma mulher que mata recém nascidos indesejados. Amélia não suporta e sofre convulsões e morre, então Amaro tenta recuperar a criança mais já é tarde de mais.

Biografia do Autor

José Maria Eça de Queirós nasceu em 1845, uma cidade chamada Póvoa de Varzim, em Portugal.
Como seus pais não eram oficialmente casados, Eça foi registrado como filho de mãe desconhecida. Passou, então, a infância sem seus pais e viveu com os avôs paternos.
Já crescido, entrou na tradicional Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1861. Tentou a carreira de advogado, mas por pouco tempo, pois na década de 1870 ingressou na carreira diplomática, que o levou a lugares como Havana, Bristol e Paris.
Paris tem uma singular importância na vida do autor, já que foi nessa cidade em que se casou, com a D. Emília de Castro Pamplona e também foi nela em que faleceu, algumas décadas depois. 
A década de 1870 é conhecida por ser a época em que Eça se dedicou com mais afinco à literatura. Obras como “O crime do padre Amaro” e “O primo Basílio” foram escritas durante esse período.
Além dos romances, Eça colaborou para inúmeras publicações, como a Gazeta de Portugal, Revolução de Setembro, Renascença, Diário Ilustrado, Diário de Notícias, Ocidente e Correspondência de Portugal.
Influente, fundou a Revista Portugal em 1889 e a dirigiu até 1892 - ao todo, foram 24 números.
Seus livros mostram um leque diverso de temas e abordagens. Temas polêmicos como os vistos em “O crime do padre Amaro” e “Tragédia da Rua das Flores”, mas com a profundidade de sua escrita, consagraram Eça e o fazem, até hoje, ter amplo reconhecimento na literatura mundial.
Eça de Queiroz morreu aos 55, em agosto de 1900.