Na hora de
cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri
e dispara: “eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”.
No entanto, passado o efeito do whisky com energético e dos beijos
descompromissados, os adeptos da geração “tribalista” se dirigem aos
consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e
reclamam de solidão,ausência de interesse das
pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que
alguém seja seu. Estes, desconhecem a delícia de assistir a um filme debaixo
das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de
dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de
cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças.
É cuidar do outro e ser cuidado por ela, é telefonar só para dizer bom dia, ter
uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, ter alguém para fazer e
receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é
ter alguém para amar… Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na
boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um
sentimento."
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